Foi-se o tempo em que os jogadores tinham amor à camisa. Com toda certeza, o torcedor gremista já deve ter sido impactado por essa frase em algum momento da vida, principalmente os mais antigos. Afinal, em um passado não tão distante, o tricolor foi ‘iludido’ por um então grande ídolo, que chegou a afirmar que ‘jogaria até de graça’ no Imortal, ao longo de sua vitoriosa carreira.
O que se viu, no entanto, foi uma história completamente diferente, envolvendo o clube em um verdadeiro ‘leilão’ por seu passe em 2010, quando acertou seu retorno ao futebol brasileiro, depois de fazer história no velho continente. Trata-se, é claro, de Ronaldinho Gaúcho, que proferiu a frase citada acima enquanto ainda defendia o Grêmio, entre o fim de 1999 e o início do ano 2000.
De ídolo a mercenário: a relação de amor e ódio dos torcedores do Grêmio com Ronaldinho Gaúcho
Desde que deixou o Grêmio, ainda jovem, para se aventurar no futebol europeu, Ronaldinho manchou um pouco sua imagem para com o torcedor tricolor. Isso, porque a forma conturbada com que a transferência ao Paris Saint-Germain se deu, à época, fez com que o camisa 10 saísse com fama de ‘mercenário’. Para piorar, o atleta ficou eternizado pelas palavras abaixo.
“Eu gosto tanto do Grêmio, que, se fosse sempre assim, com estádio sempre cheio, a torcida sempre apoiando, eu jogava de graça. Jogo no Grêmio há mais de dez anos, então não é dinheiro que vai me fazer dar alegria a esse monte de torcedor que vem aqui e só me apoia. O que vale é jogar por amor à camisa”, declarou o então grande destaque tricolor na conquista do Gauchão de 1999.
Desde que saiu do clube gaúcho, Ronaldinho passou por PSG, Barcelona e Milan antes de acertar seu retorno ao futebol nacional. No Brasil, o ‘Bruxo’, defendeu as cores de Flamengo, Atlético-MG e Fluminense. Antes de encerrar a carreira no clube das Laranjeiras, porém, ainda se aventurou no México, atuando por uma temporada no Querétaro – e sem nunca ter, de fato, retornado ao Imortal.
