Formado nas categorias de base do Grêmio, Ronaldinho Gaúcho surpreendeu a todos quando deixou a equipe gaúcha pela porta dos fundos, em um negócio bastante complexo com o Paris Saint-Germain, da França. Na ocasião, o ‘Bruxo’, que ainda não possuía tal alcunha’, assinou um pré-contrato com o PSG e se transferiu sem que o Imortal recebesse quaisquer valores pela transferência.
Anunciado oficialmente pelo clube francês em fevereiro de 2001, quando seu contrato com o tricolor se encerrou de fato, ficou evidente que a equipe europeia se baseou que extinguiu o passe do atleta. O problema é que a mesma só entrou em vigor no dia 26 de março daquele ano. Por conta disso, o Grêmio decidiu entrar com um recurso na Justiça do Trabalho exigindo uma indenização de R$ 84 milhões.
Surgimento de ‘Ronaldinho Gaúcho’ deu mais dor de cabeça do que glórias ao Grêmio
De acordo com a reportagem da ‘Folha de S. Paulo’, à época, o Imortal levou em consideração proposta que o clube inglês Leeds United teria lhe feito um ano antes do ocorrido, para cobrar o montante citado acima do PSG. Em primeira instância, o jogador foi condenado a pagar R$ 29,5 milhões ao Grêmio – que entrou com recurso na FIFA, pedindo que a indenização fosse quitada pelo clube parisiense.
Tal imbróglio permaneceu na Justiça por pouco mais de uma temporada, chegando ao fim em fevereiro de 2002, quando o Tricolor aceitou ação e, segundo a reportagem, ‘dar por encerrado o Caso Ronaldinho’. Para isso, é claro, a diretoria gremista aceitou o pagamento de 4,2 milhões de dólares (cerca de R$ 16,8 milhões, na cotação da época), feito pelo próprio Paris Saint-Germain.
Além disso, contudo, o clube gaúcho ainda foi ‘restituído dos valores que foram depositados judicialmente, referentes aos salários que seriam pagos ao jogador’ – o que significou certa vitória para os dirigentes franceses, que pagaram menos do que o Grêmio exigia no início da batalha judicial. Ao menos, o Imortal garantiu 5% do valor de cada transferência do jogador, ao longo de sua carreira.
