Grandes clássicos sempre ficam marcados na memória do torcedor, e também nas páginas de história das principais competições do planeta. No duelo entre Brasil e Argentina, é claro, isso não seria diferente. E a classificação do país portenho sobre a Amarelinha em 1990 rende até hoje. Isso, porque Diego Armando Maradona teria ‘batizado’ a água dada aos brasileiros e tirado proveito disso durante o embate.
O destino, contudo, tratou de fazer justiça. Afinal, na grande decisão – depois de ter passado por Iugoslávia e Itália, ambas nos pênaltis -, a Argentina de Maradona acabou perdendo para a Alemanha de Lothar Matthäus, por 1 a 0, no Estádio Olímpico de Roma, e terminou com o vice-campeonato. Somente 32 anos depois, no Mundial de 2022, é que os hermanos puderam comemorar uma nova conquista.
Água ‘batizada’ atrapalha Brasil e ajuda Argentina na Copa de 1990
“Vasco, desse não, desse não, do outro!”, teria dito Maradona a Julio Olarticoechea naquele que se tornaria um dos maiores escândalos da história das Copas do Mundo. “Eu dizia, beba, beba, Valdito… E depois veio Branco, que tomou toda a água. Justamente o Branco, que batia as faltas e caía”, contou, gargalhando, o ícone argentino, em uma entrevista especial no ano de 2004.
O grande ídolo argentino viveu um pouco de tudo naquela partida. Afinal, ao mesmo tempo em que driblava diversos adversários e lançava Caniggia para marcar um belíssimo gol sobre Taffarel, demonstrava todo seu lado antiprofissional ‘batizando’ a água bebida por Branco – como bem recordou Maradona em uma entrevista ao programa ‘Mar Del Fondo‘, do canal TyC Sports.
“Depois do jogo, estavam os dois ônibus juntos, e Branco me olhava pela janela e me apontava o dedo, me culpando, e respondia com gestos de que não tinha nada a ver com aquilo. Branco jogava na Itália e tínhamos boa relação. Depois disso não conversamos mais”, acrescentou o camisa 10. A história, é claro, dividiu opiniões à época e ainda é um assunto que gera gatilho sobre os confrontos.
