Nova regra da CBF pode ajudar o Grêmio a pagar menos por reforços
Nos últimos tempos, o futebol brasileiro tem enfrentado um aumento significativo nos valores envolvidos nas transações de jogadores, impactando diretamente as finanças dos clubes.
Recentemente, um dirigente de um grande clube compartilhou seu desabafo ao contar no UOL sobre a negociação com um jogador que, mesmo sem garantia de titularidade, pediu R$ 600 mil de salário. Esse episódio, aparentemente isolado, reflete uma tendência crescente de inflação no mercado, que atinge tanto os salários dos atletas quanto os valores das transferências.
Em 2024, o Brasil bateu recorde histórico de gastos com contratações no futebol, ultrapassando R$ 2 bilhões, sendo que a primeira janela de transferências já registrou uma despesa de R$ 1,1 bilhão.
O aumento vertiginoso desses valores tem levado dirigentes a reconhecerem que a “bolha” do mercado está prestes a estourar. O cálculo de clubes como o Red Bull Bragantino revela que o custo para montar um time competitivo na Série A dobrou em apenas dois anos.
Grêmio pode se beneficiar com possível nova regra no Brasileirão
Além disso, clubes de grande porte, como Flamengo, Palmeiras, Vasco e Corinthians, têm investido fortemente, especialmente em um cenário de SAF (Sociedade Anônima de Futebol). O Botafogo, por exemplo, foi o maior investimento, gastando mais de R$ 323 milhões, e viu seu retorno em títulos como o Campeonato Brasileiro e a inédita Copa Libertadores.
Em um mercado inflacionado, o fair play financeiro surgiu como uma possível solução, com debates sobre sua implementação na CBF, embora o modelo proposto tenha sido adiado por diversas gestões.
Diante do cenário desafiador, clubes menores têm buscado alternativas criativas para se reforçar. Exemplos incluem a parceria do Corinthians com patrocinadores para bancar parte do salário de jogadores renomados, como Memphis Depay.
Outra prática é a de fatiar os direitos econômicos dos atletas, adquirindo apenas uma porcentagem e mantendo vínculos financeiros com os clubes vendedores.