A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um acordo assinado por dirigentes e pela Federação Mineira de Futebol para reconhecer a validade da eleição de 2022, que levou Ednaldo Rodrigues à presidência.
O documento busca encerrar uma disputa judicial que resultou no afastamento temporário de Ednaldo em dezembro de 2023. O STF ainda precisa homologar o acordo.
O protocolo foi registrado no STF na noite de sexta-feira, na Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo PC do B. A controvérsia teve origem em 2017, quando uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro questionou a legalidade da eleição.
Ednaldo segue como presidente da CBF até 2026
Em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou o pleito e afastou Ednaldo e sua diretoria, alegando que a CBF não poderia ter realizado a eleição sob regras estabelecidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MP-RJ. Como consequência, José Perdiz, então presidente do STJD, foi nomeado interventor.
A intervenção durou menos de um mês, encerrando-se em janeiro de 2024, quando o ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar devolvendo Ednaldo ao cargo. A decisão considerou o risco de sanções da Fifa e da Conmebol, que não reconheceram a intervenção e alertaram sobre a possibilidade de exclusão do Brasil de competições internacionais.
O mandato de Ednaldo Rodrigues vai até março de 2026. Durante o afastamento, ele afirmou que não concorreria à reeleição, mas há sinais de que pode disputar mais quatro anos no cargo. O ex-jogador Ronaldo também demonstrou interesse na presidência da CBF, precisando do apoio de federações e clubes para formalizar sua candidatura.
A CBF e os signatários do acordo esperam que a homologação pelo STF traga estabilidade ao futebol brasileiro, evitando novos impasses jurídicos e garantindo a governança da entidade máxima do esporte no país.
