CBF decide punir o Grêmio por enchentes, revela jornalista
Diversas regiões do Rio Grande do Sul foram fortemente atingidas pelas chuvas dos últimos dias, que causaram a elevação do nível dos rios e enchentes nas cidades. O governo, os clubes de futebol e autoridades públicas têm se mobilizado para ajudar as vítimas das enchentes.
Diante desse cenário, a CBF optou por adiar partidas envolvendo clubes gaúchos em todas as suas competições até o dia 27 de maio, esperando que a situação seja estabilizada até lá. Entretanto, o jornalista Breiller Pires classificou esse movimento da entidade máxima do futebol brasileiro como uma espécie de “punição”.
Jornalista diz que CBF puniu os gaúchos
Em sua coluna no portal Terra, Breiller opinou dizendo que o adiamento das partidas será mais prejudicial para os clubes gaúchos, especialmente Grêmio e Internacional, durante a temporada. As equipes terão um calendário de competições ainda mais apertado.
“Com o adiamento de no mínimo três rodadas envolvendo Grêmio, Internacional e Juventude, os representantes do estado na Série A do Campeonato Brasileiro, times gaúchos serão obrigados a espremer jogos no já apertado calendário nacional, com várias compromissos encavalados ou remarcados em datas-Fifa, implicando em desfalques por convocações de seleções sobretudo para a dupla Grenal”, escreveu.
O jornalista também não deixou de mencionar o prejuízo esportivo para os clubes, já que os CTs e estádios foram atingidos pelas enchentes. “Sem poder treinar, com centros de treinamento e estádios alagados pelas enchentes, tanto Grêmio quanto Inter amargam desvantagem irreparável para a sequência da temporada”, completou.
Por fim, Breiller fez uma forte crítica à CBF, que demonstrou ter solidariedade diante da situação e pensou apenas na organização do futebol brasileiro. Enquanto isso, diversos clubes e milhões de pessoas se mobilizam para ajudar as vítimas das enchentes.
“Enquanto uma rede de solidariedade se espalha pelo país por meio de várias campanhas de doações, o futebol decidiu permanecer insensível ao desastre socioambiental. A medida tomada pela CBF, avalizada pela maioria dos clubes de outras regiões, pune duplamente times e torcidas que não têm qualquer responsabilidade pela tragédia”, finalizou.