Na última terça-feira (7), a CBF comunicou a suspensão das partidas de Grêmio, Internacional e Juventude por 20 dias nas competições nacionais. A situação no Rio Grande do Sul é de emergência, entre chuvas e enchentes que deixam mortos e desabrigados. Em um momento de vulnerabilidade, com foco nas doações e nos resgates, a expectativa era pela paralisação do Brasileirão.
O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, participou de entrevista na terça-feira, ao programa do Sportv, Tá Na Área, e comentou sobre o desejo do adiamento de uma ou duas rodadas do Campeonato Brasileiro. Em decisão que gerou questionamentos, a CBF adiou apenas os jogos dos times do Rio Grande do Sul, algo que pode gerar um prejuízo aos clubes, que estão até mesmo sem treinar.
“Eu sou da opinião que deveria parar, no mínimo, a próxima rodada, talvez duas. Mas é muito grave a situação. Alguns demonstraram ser favoráveis. Se todos os presidentes estivessem na nossa condição, pensariam a mesma coisa. Mas não estão, então não conseguem ter a verdadeira dimensão. Alguns foram favoráveis, alguns silenciaram e outros querem acompanhar mais, se mostraram reticentes. Ainda falta muito para melhorar aqui”, opinou o presidente do Grêmio.
CBF não deve paralisar o Brasileirão
Alberto Guerra diz que se sente “agredido” ao acompanhar as comemorações de gols no futebol brasileiro, enquanto o Rio Grande do Sul vive momento inexplicável. As pessoas perderam suas casas, as vítimas começam a ficar sem água, e o foco deveria ser nas doações e resgates. Contudo, ao que parece, a CBF não deve paralisar o Brasileirão, estudando apenas os jogos dos times gaúchos.
Vale ressaltar que Grêmio e Internacional, por exemplo, tiveram seus estádios e centros de treinamento tomados pela água e pela lama, e mesmo com a melhora da situação, é possível que tenham que passar por reformas. Assim, as equipes não estão em treinamento, algo que pode se tornar uma dificuldade com o retorno, já que os adversários realizam suas atividades normalmente.
