Amuleto do Grêmio será destruído
Que a força do Grêmio dobra de tamanho quando o clube atua diante de seus torcedores, todo mundo já sabe. Era assim no Estádio Olímpico e agora isso se repete na Arena – não à toa, o Imortal já foi campeão da Libertadores em ambos os estádios, por exemplo. Mas, existe um histórico palco, distante da capital Porto Alegre, que guarda ótimas lembranças ao Tricolor: Estádio Sessinzão, em Cidreira, no Litoral Norte.
Tida como uma das obras mais polêmicas do Rio Grande do Sul, o citado estádio completa nada menos que 17 anos de abandono, estando sem receber partidas desde 2007 – sendo oficialmente interditado três anos depois. Até por isso, foi carinhosamente apelidado de ‘Elefante Branco’ pela própria prefeitura.
Grêmio nunca perdeu jogando no ‘Sessinzão’
Com impressionantes 87.9% de aproveitamento no estádio, o Grêmio carrega uma longa invencibilidade no Municipal de Cidreira Antônio Braz Sessim, o Sessinzão: no total, foram 11 partidas disputadas, com nove vitórias e dois empates, margando 31 gols e sofrendo somente sete. O estádio, que foi inaugurado em 1996, recebendo o nome do pai do então prefeito Elói Braz Sessim, recebeu também jogos do Internacional, entre o fim da década de 90 e o início dos anos 2000.
O político em questão, contudo, já foi até condenado por desvio de dinheiro público e chegou a ficar quatro anos foragido da Justiça. Agora, como há risco de queda de lajes no local, a prefeitura optou pela interdição – assim, nenhuma pessoa pode ingressar no interior do estádio. Enquanto isso, os órgãos responsáveis continuam na intensa busca busca parcerias para dar algum destino ao estádio.
“A gente tem um elefante branco aqui, um bode na sala. A demolição do estádio vai sair mais cara que ampliar o posto de saúde 24 horas […] A gente está procurando parcerias, porque o município não tem, infelizmente, parte financeira para manter um estádio desse porte”, afirmou o prefeito Elimar Pacheco.