O árbitro Anderson Daronco compartilhou suas experiências e desafios ao liderar um dos confrontos mais famosos do futebol brasileiro: o GreNal. Conhecido por sua autoridade em campo e por ser uma das figuras mais respeitadas da arbitragem nacional, Daronco conversou com o Globo Esporte sobre as peculiaridades deste famoso clássico gaúcho que opõe Grêmio e Internacional, dois dos maiores clubes do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Em meio à conversa, Daronco foi questionado se considera o GreNal como o jogo mais difícil de se arbitrar. A resposta foi categórica, enfatizando a intensidade da rivalidade. “É o pior de todos, é o mais difícil. Pela rivalidade, é muito grande”, afirmou o juiz.
A história do futebol sul-rio-grandense é marcada por duelos intensos entre Grêmio e Internacional, o que coloca um peso enorme sobre os ombros do árbitro de cada partida. Daronco, que já esteve no centro de várias dessas batalhas, destaca a complexidade de manter o controle em um jogo carregado de paixões inflamadas tanto dentro quanto fora de campo.
Daronco cita incidente durante GreNal
Em um momento revelador da entrevista, Daronco relembrou um episódio controverso ocorrido no GreNal de 2016, onde Miller Bolanõs, do Grêmio, sofreu uma cotovelada do jogador William, do Internacional. O lance, que acabou sem uma punição para o defensor do Inter pelo árbitro, ainda é lembrado pelos torcedores.
“Os caras até esqueceram de mim, tu vai lembrar disso? (risos). Eu não fiquei marcado. Tenho a felicidade de não ter nenhuma restrição nos clássicos que apitei até hoje. Não foi algo que somente eu não vi, foi algo que todo mundo que estava no estádio não viu. Era uma época sem VAR, mas confesso que se tivesse VAR também não se enquadraria. Mas se eu falar isso aí, um monte de gente agora vai ficar louca. Foi um lance que não tinha realmente como ver, era de muito difícil visualização”, afirmou Daronco.
