A construção de um novo estádio gera muitos custos, e nem todos os clubes estão preparados para arcar com tudo isso. Grêmio e Corinthians, inclusive, sabem muito bem como é. Não à toa, o clube paulista acabou de lançar uma campanha, com iniciativa da principal torcida organizada alvinegra, a Gaviões da Fiel, para arrecadar dinheiro e quitar a milionária dívida referente a Neo Química Arena.
Com uma estratégia um pouco parecida, mas sem envolver seus torcedores, o Grêmio busca comprar a gestão da Arena para assumir de vez sua nova casa. Na última terça-feira (26), aliás, o tricolor disse ter comprado um terço da dívida de financiamento bancário da empresa que faz a gestão do estádio. De acordo com o próprio clube gaúcho, isso representa uma defesa dos interesses do clube.
Grêmio estuda estratégia para adquirir controle total de sua própria Arena
Ainda segundo a reportagem feita pelo ‘Globo Esporte’, essa aquisição da dívida não foi algo planejado pela cúpula tricolor, mas sim uma oportunidade de mercado que surgiu em meio a uma negociação com o Banrisul – patrocinador máster gremista. Isso, é claro, porque o banco aceitou reduzir os valores que teria direito a receber, que antes eram de pouco mais de R$ 75 milhões, para cerca de R$ 20 milhões.
“O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense acaba de dar um passo relevante em defesa dos interesses do clube na gestão da Arena, ao adquirir um terço da dívida de financiamento que a gestora do estádio havia contraído com bancos. Essa operação, resultado de uma negociação com o Banrisul, evita que a fatia da dívida caia no controle de investidores não comprometidos com o Grêmio e fortalece o clube na busca de soluções a questões de gestão que se acumulam desde a inauguração do estádio, há quase 12 anos, e que limitam o investimento em futebol e afetam o dia a dia do clube”, informou o tricolor.
Ainda assim, o Grêmio considera estar distante de assumir a gestão do estádio por completa. Ao mesmo tempo, o Conselho de Administração, junto do departamento jurídico do Imortal, há uma estratégia sendo debatida internamente para que o clube gaúcho assuma o controle da Arena. Isso, inclusive, é um plano mantido sob forte sigilo por parte da cúpula liderada por Alberto Guerra.
