Na última semana, a Netflix lançou um documentário que resgata a memória de uma das maiores tragédias da aviação brasileira: o acidente com o voo JJ-3054 da TAM, ocorrido em 17 de julho de 2007.
A aeronave Airbus A320, que havia decolado de Porto Alegre com destino ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, não conseguiu frear ao aterrissar, ultrapassou a pista e atravessou uma avenida movimentada, colidindo com um prédio comercial. O desastre resultou na morte de 199 pessoas.
O documentário reacendeu lembranças dolorosas, inclusive no futebol. Na época, o Grêmio era comandado por Mano Menezes e se preparava para enfrentar o Goiás pelo Campeonato Brasileiro. A logística inicial previa que parte da delegação gremista utilizaria justamente o voo JJ-3054, mas, como não havia lugares disponíveis para todos, a viagem teria que ser dividida.
Atual treinador do Grêmio, Mano teve papel importante em evitar tragédia com o Tricolor
Descontente com essa divisão, Mano Menezes solicitou uma alternativa ao diretor de futebol Paulo Pelaipe. Foi então que a TAM ofereceu outro voo, o JJ-3764, que partiria um pouco antes, com destino a Brasília e conexão para Goiânia. A delegação gremista embarcou nesse voo alternativo, escapando da tragédia por uma decisão de última hora.
A comoção foi imensa quando a notícia do acidente se espalhou. Muitos acreditaram que o Grêmio estivesse a bordo do avião acidentado. No Rio Grande do Sul e na Argentina, familiares de jogadores como Saja e Schiavi entraram em desespero, e a imprensa chegou a divulgar que o clube estava entre as vítimas. A confirmação de que todos estavam seguros só veio horas depois, já em Brasília.
Mesmo em meio ao clima de luto nacional, o Grêmio entrou em campo e empatou em 0 a 0 com o Goiás. O time, que havia sido vice-campeão da Libertadores semanas antes, contava com nomes como Tcheco, Diego Souza e Carlos Eduardo — todos presentes na viagem marcada pela dramática coincidência.
