Depois de dominarem as principais competições do continente sul-americano por décadas, os argentinos estão vendo tal hegemonia cair por terra nos últimos anos. Diante da quarta final brasileira da Libertadores, nas últimas cinco temporadas, o futuro para os hermanos não é nada animador. Afinal, além da possibilidade de ver o Brasil igualar o número de conquistas continentais, será cada vez mais difícil ver um clube da Argentina novamente na decisão.
Ao menos, é o que indicam os valores das premiações nas principais competições da América Latina. Isso, porque enquanto o campeão do Campeonato Paulista, tido como o mais importante do país, ao menos em números, recebe 1.6 milhão de dólares, o campeão da Liga Argentina ganha menos da metade deste valor – cerca de 500 mil dólares. Copa do Brasil é o torneio que mais bem paga no país.
Com a questão monetária cada vez mais forte no futebol, futuro dos clubes argentinos preocupa
A competição que melhor paga os vencedores continua sendo, com sobras, a Copa Libertadores, com cerca de 23 milhões de dólares como premiação. Logo abaixo, estão Copa do Brasil (com 14 milhões) e Brasileirão (com mais de 10 milhões). Logo abaixo, está outra competição da Conmebol, a Copa Sul-Americana, com seis milhões – sempre na moeda americana.
A liga estrangeira mais valiosa, nesse sentido, é a do México. Para efeito de comparação, a premiação da Liga Mexicana é oito vezes maior que a da Argentina – que, ainda, se encontra abaixo de competições de Bolívia, Uruguai, Peru e Chile. O Campeonato Argentino, inclusive, só paga mais que os da Colômbia, Equador e Paraguai. Até por isso, é difícil imaginar que algum clube consiga voltar ao topo continental.
Não à toa, os últimos que fizeram isso foram justamente River Plate (2019) e Boca Juniors (2023), ambos terminando com o vice-campeonato, perdendo para Flamengo e Fluminense, respectivamente. Antes deles, somente o Lanús conseguiu fazer frente aos demais times – menos em relação aos brasileiros, perdendo para o Grêmio na finalíssima.
