Que Vanderlei Luxemburgo mudou a forma que o futebol era jogado no Brasil, entre o fim dos anos 1980 e o início da década de 1990, todo mundo já sabe. Mas, foi em 2001 que o treinador obrigou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a criar uma nova regra na modalidade: a proibição do o uso de ponto eletrônico por jogadores durante os jogos.
Campeão estadual e nacional com Bragantino e Palmeiras, o ‘pofexô’ iniciou muito bem sua carreira como treinador, sempre inovando nas formações táticas e montando verdadeiras seleções dentro dos gramados. No começo dos anos 2000, quando comandava o Corinthians, contudo, Luxa inovou e mandou a campo dois jogadores com pontos eletrônicos em uma semifinal diante do Santos.
Há 23 anos, Luxemburgo teve ideia polêmica dentro de campo e levou o Corinthians à final do Paulistão
Na ocasião, brigando por uma vaga na grande final do Campeonato Paulista, a medida adotada por Luxemburgo fez com que o goleiro Mauricio e o meia Ricardinho entrassem em campo com um aparelho no ouvido, para receber instruções do treinador. Isso, porém, não foi inédito, já que a ideia surgiu depois de uma experiência frustrada do ‘pofexô’ durante a eliminação do Brasil nas Olimpíadas de 2000.
“Era um monte de moleques afobados correndo. Saí dali com a ideia de criar alguma coisa que ajudasse na comunicação. Quando cheguei no Corinthians, chamei o Wagner (Martinho, auxiliar) e disse para ele ir atrás de alguma coisa […] Usei no jogo anterior porque não era proibido. Agora, que é uma determinação, não sou eu quem vou contrariar as regras”, disse o treinador, na época.
Menos de uma semana depois da classificação alvinegra à final estadual, vencendo o Santos por 2 a 1 na ocasião, e sendo campeão pouco depois, a CBF decidiu proibir a utilização do dispositivo tecnológico. Alegando que o polêmico aparelho pode causar danos aos jogadores, a determinação foi validada pelo presidente do Comitê de Arbitragem da FIFA, Armando Marques.
